Óleo de coco como lubrificante íntimo: pode ser usado?
Conversamos com a ginecologista e obstetra Leila Fernandes para saber se o óleo de coco é um aliado ou inimigo durante as relações sexuais
Por Amanda Grecco
A versatilidade do óleo de coco é realmente um fato. Esse ativo vegetal pode ser usado para alguns preparos na cozinha, para compor produtos capilares, hidratantes corporais… E, para muitos, também acaba sendo usado durante a relação sexual. Sim, há quem utilize o óleo como lubrificante íntimo. Entretanto, segundo especialistas, seu uso inadequado ou exagerado durante as relações pode trazer alguns riscos.
Leila Fernandes, ginecologista e obstetra, explica que o seu baixo custo e fácil acesso é uma vantagem, e que o uso do óleo de coco como lubrificante é possível. Mas apesar dos benefícios, existem alguns pontos de atenção que devem ser levados em consideração.
Óleo de coco como lubrificante durante o sexo: o que você precisa saber antes de usar
É fundamental que você saiba que o óleo de coco somente pode ser recomendado como lubrificante para aqueles relacionamentos em que não há preocupação com relação à gestação ou Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “O uso de lubrificantes oleosos já foi associado ao aumento de risco de ruptura do preservativo em alguns estudos, em até 10% dos casos, versus 1,7% dos que usaram lubrificantes à base de água”, alerta Leila.
Traduzindo: ele não é compatível com preservativo. Por isso, nestes casos, a escolha mais segura é sempre um lubrificante à base de água.
Além disso, também existem alguns riscos que o produto pode causar à flora vaginal, por conta das propriedades antibacterianas e antifúngicas do óleo de coco, deixando a região mais suscetível a desenvolver uma candidíase ou vaginose bacteriana. Na dúvida, consulte um profissional para saber o que é mais adequado para o seu organismo.
Como saber se tenho alergia ao óleo?
Mas se fizer sentido e você desejar experimentar o óleo de coco como lubrificante, a ginecologista avisa que é importante escolher um produto de boa qualidade, de preferência orgânico, virgem e não refinado. “Evite versões que contenham aditivos ou fragrâncias, pois podem causar irritação”. Leila também sugere que antes de usá-lo, é importante fazer um teste de sensibilidade.
Para isso, aplique um pouco do produto em uma parte sensível da pele, como o interior do pulso ou o antebraço. Espere 24 horas para ver se ocorre alguma reação. A orientação da médica é que se você notar vermelhidão, coceira ou outro sinal de irritação, pode ser melhor evitar o uso na área íntima.
Após a aplicação íntima do óleo de coco, lembre-se de limpar bem a área, pois ele pode ser mais difícil de remover do que os lubrificantes à base de água.
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