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Cuckold: entenda mais sobre esse fetiche e confira dicas para quem quer tentar

Conversamos com a sexóloga e psicanalista Fernanda Cassim para conhecer mais sobre a prática 

 

Pode ser que seja a primeira vez que você se depara com o termo ‘cuckold’, mas para muitos brasileiros, o fetiche já é bastante conhecido. Segundo informações do site adulto Vivaloca, o termo está em 4º lugar nas buscas do Google. 

Vamos às explicações? Cuckold ou cuckolding é um fetiche que está em alta desde meados de 2018, e trata-se basicamente de sentir prazer em ver seu parceiro ou parceira realizando alguma atividade sexual com outra pessoa.

Pode ser desde insinuação, gravação, narração (como sexting) ou a prática sexual em si. O termo surgiu do pássaro cuco. Basicamente, é uma analogia ao modo de vida dessa ave. Quando a fêmea está pronta para botar ovos, ela sai do no ninho a procura de outros pássaros aos arredores, e se encontra um ninho vazio, coloca os seus ovos no lugar para outra mãe cuidar.

Quais são os termos e nomenclaturas usadas por praticantes do cuckold? 

Segundo Fernanda Cassim, sexóloga e psicanalista, a dinâmica tem uma linguagem própria, sendo "Cuckold" o nome referente ao homem que vai observar a parceira com outra pessoa; e "Cuckquean" é o termo dado para a mulher que vai observar o parceiro nessa relação. 

“Aqui vemos uma nomenclatura que prevê um casal heterossexual, mas a prática não é exclusivamente heteronormativa”, explica a profissional.

"Bull": é a pessoa do casal  que vai ter a relação com o terceiro.

"Stag": é a pessoa do casal que escolhe com quem vai ser essa relação, ela tem um peso dominante nessa decisão.

“Hotwife" ou "Hothusband": pessoa com quem o cuckold ou cuckquean tem um relacionamento.

Cuckold é realmente traição?

Esse é um daqueles "temas tabus", porque ainda é encarado como se o cuckold fosse alguém ser traído. Entretanto, se todos os envolvidos estão sendo sinceros com seus parceiros e há um acordo entre o casal, a ideia de traição não está presente, já que tudo é feito de forma consensual. Caso contrário, não podemos dizer que é realmente um fetiche.

Outro ponto interessante, segundo Fernanda, é que os estudos sobre a prática estão mais ligados ao BDSM, no caso o masoquismo e sadismo na relação sexual, uma vez que o cuckold é uma derivação de uma relação de submissão e poder. 

Tenho curiosidade em tentar essa prática, como falar disso com meu parceiro ou parceira?

Ainda assim, há alguns cuidados para abordar o tema. É interessante que antes de mais nada o casal já tenha um espaço de diálogo sobre sexo de forma geral. “Não adianta levar fetiches mais "picantes" para a relação se o casal não conversa sobre o básico quando o assunto é sexo”, explica Fernada.

Outra dica é não usar o fetiche como forma de "diversificar" quando a relação está monótona. Para funcionar é preciso que a relação esteja em um bom momento. Por fim, respeitar os limites do outro é fundamental. “Escolher um terceiro envolvido que o casal não conhece ou que não vai voltar a ter contato após a prática também pode ser interessante para não causar inseguranças”.

Acima de tudo, o importante é explorar as inúmeras possibilidades de sentir prazer de forma segura, consensual e com muuuito diálogo entre as pessoas envolvidas.

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