Massagem: como a prática pode melhorar a sua relação sexual

Tocar a outra pessoa e sentir pele com pele pode criar um novo momento de intimidade e prazer 

Por Amanda Grecco

Deslizar as mãos sobre um corpo nu ouvindo gemidos de prazer e relaxamento de quem está entregue, sem proteção alguma. Usar o próprio corpo para massagear o de outra pessoa. Entre os dois, apenas uma camada de óleo Go Slow, que já está aquecida com o roçar das peles. Que delícia, que tesão.

Começar o sexo sem ir direto ao ponto é uma das formas mais excitantes de viver uma troca prazerosa. A ideia de estimular zonas erógenas que permanecem adormecidas durante a maioria das relações sexuais pode ser bastante excitante quando há confiança suficiente para que essa troca de intimidades aconteça sem neuras, deixando fluir sem a tensão de acertar ou errar.

Pode ser um pouco assustador imaginar uma pessoa deitada, lambuzada de óleo enquanto você fricciona seu corpo sobre o dela, dando e sentindo prazer. É um nível de intimidade bastante grande que não costuma ser construído da noite para o dia, mas se pensar numa cena assim é excitante para você, a dica da psicóloga e sexóloga Julia Cepeda é investir na naturalidade dessa relação mais próxima com a pele do outro antes de partir para um momento assim.

Para começar, Julia indica tentar massagens para relaxamento, buscando maior intimidade entre os envolvidos. “Comece com esses contatos físicos para que não gere uma estranheza na hora do sexo”. Uma vez bem aceito, a dica da psicóloga é trazer o tema da massagem como preliminar para de forma natural, mostrando um vídeo de alguém fazendo massagem, ou comentando sobre o quanto você acha gostosa a ideia fazer uma massagem antes do sexo.

A dica de ouro é ter um óleo de qualidade, como o Go Slow, de fragrância afrodisíaca e altamente deslizante e hidratante. “É muito importante usar o óleo porque a mão vai deslizando e a própria oleosidade pode sensualizar a hora da relação. Dá para começar com uma massagem como quem não quer nada, deixando o parceiro relaxado. Então, você pode descer a mão devagar, passar pelo meio das pernas e seguir dando esse tom mais sexy à massagem”, diz.

Geralmente, uma das pessoas vai ter que estar um pouco mais vulnerável para se entregar e receber a massagem. A psicóloga explica que é ideal que a pessoa que está fazendo a massagem fique na lateral da massageada para que também seja alcançada. Assim, a pessoa que está mais entregue também pode movimentar a mão no corpo da outra, sendo uma troca excitante para ambos.

Preparar bem o quarto com luzes baixas, músicas sensuais, retirar possíveis bagunças pessoais e, principalmente, objetos que pertencem aos filhos, faz parte dessa ambientação e ajuda a entrar no clima. “É sempre legal revestir a cama com uma toalha, pois um momento que era para ser super gostoso e prazeroso pode acabar porque sujou a cama com óleo e alguém parou para tentar limpar na hora”, completa Julia.

Estar em contato com o corpo todo do outro faz com que ele se sinta desejado, mas Julia explica que a massagem também é importante para preparar para talvez uma penetração ou masturbação. “Além da vagina lubrificada pela excitação, o clitóris vai estar ereto, mais sensível ao toque. O pênis também. Quanto maior a circulação de sangue, mais sensível. Não existe nada mais fantástico de você ficar totalmente vulnerável ao outro, explorando cada pedacinho do seu corpo e admirando fazer aquilo”.