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Roleplaying durante o sexo: como introduzir a fantasia na relação?

O que é o role-play?

É uma prática sexual que envolve a fantasia de se assumir um personagem para fins eróticos, podendo envolver roupas, acessórios, roteiros e locais específicos.

"Assumir um papel fantasioso pode ser muito saudável para a sexualidade individual e a do casal, pois permite a realização de desejos, o fortalecimento da conexão entre ambos e, claro, a estimulação do prazer", diz o psicanalista e sexólogo Aristides Junior. Além disso, proporcionar algo fora da rotina pode ser benéfico para casais que passam por momentos de baixa atividade sexual.

Ter fantasias é normal.

Não apenas é normal, como também é super comum. Pesquisas recentes apresentam dados sobre fantasias sexuais, como é o caso da plataforma de encontros on-line Second Love que divulgou que 66% dos brasileiros experimentam relações extraconjugais e aproveitam esta interação para realizar fantasias. 

Outra pesquisa, da também plataforma de encontros on-line Gleeden, concluiu que 95% dos entrevistados possuem algum tipo de fantasia sexual, mas apenas 4% já realizaram todas. Uma terceira pesquisa realizada pelo site adulto de classificados Vivalocal com base nas buscas por conteúdo adulto no site Google, resultou que os termos "BSDM" (prática sexual envolvendo dominação, submissão, sadismo e masoquismo) e "fantasias" figuraram entre os três mais buscados entre termos relacionados à práticas sexuais.

Como posso introduzir a prática na relação? 

Uma boa comunicação sempre será imprescindível para introduzir qualquer questão que envolva a sexualidade em uma relação. É importante falar sobre o seu desejo com sua parceira ou parceiro, entendendo o que envolve o desejo do outro e como é possível conciliar ambos de maneira respeitosa, segura e prazerosa.

Se ambos estiverem confortáveis e dispostos à experimentação do role-play, alguns passos podem ajudar neste processo, como:

  • Estabelecer se a brincadeira envolverá a atuação de ambos em seus respectivos personagens ou apenas uma das partes.
  • Definir o que será utilizado na encenação, como roupas e acessórios. Importante se sentir confortável e sensual para que a brincadeira ocorra da maneira mais leve possível.
  • Definir um roteiro pode ajudar a se soltar, principalmente se houver muita timidez envolvida. Pesquisar sobre os personagens definidos pode ajudar nesta etapa.
  • Estabelecer um local diferente pode ajudar não só na encenação, mas também a proporcionar uma sensação de novidade. Um exemplo é iniciar a brincadeira em um local público, como um bar, encenando um primeiro encontro entre aqueles personagens e podendo ter continuidade em um lugar privado como um quarto de hotel ou motel.
  • A opção de se realizar a prática em plataformas on-line também é possível.
  • A utilização de jogos pode ajudar na brincadeira. A Lubs tem ótimas opções de cards em seu site.
  • Tudo que é novo demanda prática, portanto treinar é importante para que se aprimore a brincadeira, tornando cada vez mais prazerosa para ambos.

Estabelecer limites é essencial para que ninguém se sinta invadido ou desrespeitado. A escolha de uma palavra de segurança pode ajudar muito, pois a brincadeira pode envolver a negação como parte da encenação. Por exemplo, pode se estabelecer que tudo bem a pessoa dizer "não quero, não faça isso...", mas se ela utilizar a palavra de segurança escolhida, a brincadeira deve parar imediatamente.

E se não sair como o planejado?

Iniciar a prática já de maneira descontraída é muito importante para não deixar a timidez e insegurança do início gerarem momentos desconfortáveis. O segredo é que ambos estejam abertos a se divertir, e tenham em mente que assim como quando se interpreta um personagem de filme, o improviso é inevitável, e pode gerar ainda mais conexão. Lembrem-se sempre que nessas horas é melhor rir com leveza da situação do que tornar o momento frustrante.

Explorar fantasias e buscar diferentes maneiras de se conectar com a outra pessoa pode ser fundamental até mesmo para o seu próprio autoconhecimento. O infinito mora dentro de nós, vamos descobri-lo? 



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