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É possível sentir o orgasmo alheio?

Uuuuuu… o orgasmo! Esse ápice de prazer que é marcado por uma descarga de energia que passa pelo corpo e que acontece após um acúmulo vibrante de  estímulos sexuais. 


Já reparou que quando chegamos nesse clímax podemos sentir espasmos musculares por todo nosso corpo, enquanto a sensação de descarga é transbordante no genital? 


Isso acontece porque, tanto em corpos com vulva quanto em corpos com pênis, o orgasmo pode ser medido através de um determinado número de espasmos pélvicos naturalmente de 6 a 10 que duram cerca de 20 a 30 segundos. 


O estudo Male and Female Orgasm: Not So Different? defende que a experiência do orgasmo é democrática entre pessoas que se identificam como homem cisgênero, mulher cisgênero, transexual ou gênenro neutro. Ele aponta que, mesmo com diferentes identidades de gênero, os participantes pesquisados ​​descreveram experiências semelhantes de como sentem o orgasmo.


Portanto, fisiologicamente, corpos com pênis e corpos com vulva têm sensações parecidas de descarga e espasmos na área genital quando atingem o orgasmo. 


Por aqui, acreditamos que cada pessoa se conecta com o prazer de maneira única, estando à sós ou em companhia. Mas, quando estamos no momento sexual a dois, como podemos sentir que o nosso parceiro ou parceira realmente chegou ao orgasmo?


Em corpos com pênis, o maior demonstrativo de que a pessoa atingiu o orgasmo é a ejaculação. Dessa forma, não importa a identidade de gênero da pessoa, você será capaz de avaliar se ela está ou não atingindo o clímax por meio da ejaculação. 


Vale lembrar que orgasmo e ejaculação não são a mesma coisa. O primeiro é sobre prazer e o segundo é sobre a saída do sêmen. É comum serem simultâneos, mas isso não é uma obrigatoriedade. 


Por outro lado, apenas 10% das pessoas com vulva ejaculam durante o orgasmo. Porém isso também não quer dizer que elas não tenham chegado até ele.


Para mergulhar no orgasmo pulsante dos corpos com vulva, você pode usar os dedos e ir sentindo as contrações musculares vibrantes dentro e ao redor do clitóris. 


Se você estiver fazendo um oral na pessoa, o deliciante é sentir essas contrações transbordarem nos seus lábios ou língua. E junto com tudo isso, você poderá sentir a frequência cardíaca dela crescendo quando o orgasmo terminar.


Hummm… se mesmo assim você ainda tiver problemas para identificar o orgasmo do seu parceiro ou parceira, abra um espaço para um diálogo acolhedor sobre isso. 


Pergunte se a pessoa está próxima do clímax, do que ela gosta e quais são as sensações gostooosas que ela sente ao atingir o orgasmo. Crie uma comunicação sincera que a permita dizer: "ainda não foi, vamos tentar outra coisa?".

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